Super Projetos

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Arquitetura humana?

Qual o sentido da nossa arquitetura?
Qual é a nossa busca como arquitetos? A real intenção por trás do objeto arquitetônico que criamos? Por que construímos? E para quem?

Por que projetamos, se seria fácil o homem continuar erguendo seus próprios abrigos como faz, por instinto, desde os tempos mais remotos?!

Acreditamos que a arquitetura deve ser um gerador de eventos. Deve cumprir seu papel social no meio de inserção. Deve existir, não só como um objeto isolado do entorno existente e contextualizado apenas pelas edificações circundantes.

De nada adianta fazermos simplesmente uma análise prévia do entorno imediato para manter o 'contexto' na inserção do edifício. Isso é simples e comum, qualquer homem no mundo com um pouco de conhecimento prévio faria. Somos arquitetos, ou deveríamos ser...
A questão é muito mais complexa. Se na inserção de cada objeto arquitetônico na cidade, houvesse uma análise mais profunda sobre questões sociais, transformações e sobre como funcionam realmente as atividades sociais que movem o espaço em questão, seríamos melhores arquitetos porque, sem dúvida, nossos objetos arquitetônicos seriam melhores e funcionariam realmente. Cumpririam bem sua função de existir.

Necessitamos de uma arquitetura social. Social em todos os sentidos, não só no sentido intrínseco da palavra. Uma arquitetura não-pragmática que realmente gere coisas ao seu redor, que funcione como conectora de redes sociais, que acione dispositivos não reconhecidos até então. Ou seja, devemos considerar que é praticamente impossível prever como ou até que ponto o homem vai se apropriar do objeto arquitetônico mas o que realmente importa é que esse objeto seja construído para o homem e em função do homem. Em outras palavras, necessitamos de uma arquitetura social humana.



Investigações feitas por Cris Araujo e Mariano Garcia, com a colaboração de Miguel Esnaola. Em breve, postamos aqui os prototipos gerados.

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